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Símbolo de status e de desenvolvimento, o carro, durante décadas, ampliou seu domínio na paisagem urbana. Para quem vive em um grande centro é até difícil visualizar mentalmente a imagem de uma avenida sem a presença de um automóvel.
Recentemente, no entanto, a poluição atmosférica e sonora, a conscientização em relação à mudança climática e às emissões de carbono e o tempo desperdiçado e o stress decorrente do trânsito, vem despertando nas pessoas e nos formuladores de políticas públicas um novo sentimento: não deveriam ser as ruas para as pessoas?
Recentemente o site TimeOut, especializado em viagens e turismo, elegeu as 33 ruas mais legais do mundo (veja aqui).
Tanto a Rua Wellington (foto) em Montreal no Canadá, quanto diversas outras entre as eleitas, possuem características em comum: são ruas com grandes espaços reservados para pedestres (ou até mesmo exclusivas para pedestres), com diversas opções para lazer, incluindo bares, restaurantes e outros comércios, e com espaços arborizados e esteticamente atrativos. Ou seja, ruas feitas para as pessoas.
Na Europa, há inclusive uma tendência de reordenamento e revitalização dos espaços urbanos, com a proibição ou restrição do trânsito de veículos, de forma a alterar a características de ruas e avenidas, provendo-as de infraestrutura e atrativos para o uso por pedestres e ciclistas.
No Brasil, existem algumas ruas famosas dedicadas ao trânsito de pedestres, como a bucólica Rua das Pedras em Búzios e a Rua XV de Novembro (Rua das Flores) em Curitiba. Há outros exemplos em que espaços são fechados para lazer durante determinados dos e horários da semana, como o Minhocão em São Paulo, a Avenida Atlântica no Rio de Janeiro e o Eixão em Brasília. No entanto, há ainda muito poucas iniciativas relacionadas a um reordenamento urbano mais profundo nas grandes cidades.
E você, o que acha sobre isso? Opine.