Clonagem de pets
Foto Yoonbae Cho na Unsplash
Em 5 de julho de 1996 nasceu a ovelha Dolly, fruto de uma experiência científica, ao mesmo tempo revolucionária e polêmica.
A clonagem consiste, a partir de uma célula adulta, reproduzir um ser vivo com as mesma características genéticas daquele de que foi extraída a célula original.
Dolly foi o primeiro mamífero a passar por esse tipo de processo
No imaginário popular, clonar significa “copiar” o indivíduo, ou seja, o novo indivíduo criado teria as mesmas características físicas, o mesmo temperamento e, para alguns, herdaria até a memória dos fatos experimentados ao longo da vida pelo ser original.
Do ponto de vista científico, a semelhança física é fato, visto que é determinada pelo sequenciamento genético. O temperamento, por sua vez, também tende a ser parecido, mas também é influenciado por outros fatores. A transferência de memória, no entanto, não ocorre.
De qualquer forma, a discussão científica ainda esbarra em uma série de questões éticas, sendo que delas resultariam impeditivos para a clonagem de seres humanos, o que, segundo muitos teóricos da conspiração, já ocorreu secretamente.
À margem de toda essa discussão, um procedimento vem se popularizando, que é a clonagem de animais de estimação, os chamados “pets”.
Muita gente ainda não sabe, mas esse procedimento já é possível há muitos anos e hoje, em uma rápida pesquisa em sites de busca é possível encontrar quem ofereça o serviço. O preço ainda é alto (pode chegar a cerca de 30 mil reais), mas chegou a ser dez vezes maior quando o serviço foi lançado comercialmente.
O principal apelo é o emocional e tem origem em um possível sentimento de perda que a inevitável partida daquele amigo cão ou amigo gato, que esteve como companhia por mais de uma década, pode desencadear.
A intenção então é “fazer um cópia” para substituir o original com se fosse ele próprio. Apesar de válida, há todo um lado sombrio desses procedimentos, do qual que os contrata dificilmente possui informação suficiente para ter uma opinião formada provida de consciência crítica.
O que ocorre é que para viabilizar a clonagem, por vezes são necessários inúmeros testes e tentativas frustradas para induzir uma gestação forçada que termina com a perda dos nascituros e até mesmo com a morte da mãe. Ou seja, pode haver muito sofrimento animal envolvido para satisfazer um desejo, ainda que bem intencionado, de alguém que justamente tem afinidade e amor pelos animais.
Portanto, esse é um caso típico em que a informação pode ser o caminho para evitar atividades egoístas e proporcionar uma tomada de decisão precedida por uma avaliação crítica de todos os fatores envolvidos. Conscientize-se!